Em uma família, pais não são apenas pais, são também amigos. Com o intuito de desenvolver essa faceta do relacionamento familiar, o Espaço da Criança-ARH promoveu, nos dias 10 e 17 de novembro, eventos de lazer e convivência reunindo as famílias assistidas pela instituição, objetivando estreitar os laços entre pais e filhos.
A ideia para a iniciativa surgiu a partir de dados levantados pelos profissionais do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) da Prefeitura da Cidade do Recife, que desde junho executam convênio com a ONG e com a Casa de Frei Francisco. Uma pesquisa junto às crianças contempladas pela parceria mostrou que a maior parte delas não desfruta de um relacionamento de lazer e diversão com suas mães: irmãos, primos e amigos são os principais parceiros de brincadeiras, seguidos pelos avós e, por último, pela figura do pai. Nenhuma das crianças afirmou brincar com suas mães. Diante dessa estatística, o Espaço da Criança-ARH decidiu organizar um dia específico para promover a maior interação entre mães e filhos.
“O resultado foi 100% positivo”, constata a coordenadora pedagógica da instituição, Eliane Monteiro. “Nesse dia nós vivenciamos o carinho das mães com seus filhos, o sorriso e alegria das crianças”.
Todas as atividades realizadas nos dois dias, com um público total de cerca de 90 crianças, 40 mães e cinco pais, foram pensadas de modo a permitir o contato entre as gerações. A programação teve início com um almoço, com cada família reunida à mesa. Eliane explica que, por conta de suas rotinas, muitas mulheres não conseguem ter um momento de compartilhar uma refeição junto com seus filhos. “Então a instituição buscou dar essa oportunidade, para que elas percebam a importância de se fazer pelo menos uma refeição juntos”, detalha. Em seguida, todos assistiram a um filme e passaram o resto da tarde brincado juntos; corrida de saco, dança das cadeiras e mímica foram algumas das várias atividades lúdicas realizadas.
Ao final, houve distribuição de brindes e lanches para as crianças e artigos de higiene e estética para as mães.
Na avaliação das famílias, foi uma tarde especial. Sônia tem 10 anos e em casa brinca mais com suas irmãs do que com sua mãe, e por isso aproveitou a tarde de convivência. “Foi muito legal. O que eu mais gostei foi a dança das cadeiras”, afirma. Gláucia Duarte, 28 anos, tem uma filha na instituição e também qualifica o dia de “ótimo”. “Ter um tempo como esse com certeza é importante”, avalia.
